O crescimento desordenado dos grandes
centros urbanos, como a região metropolitana de São Paulo, nas últimas décadas
proporcionaram e continuam causando inúmeros problemas, entre eles os
relacionados com as enchentes.
Um dos fatores marcantes da nossa
sociedade capitalista é a desigualdade social, essa proporciona uma grande
disparidade entre as classes sociais, isso, porque, os “ricos” corriqueiramente
instalam-se em áreas nobres e sem riscos geológicos. Já as pessoas das classes
mais baixas instalam-se em áreas precárias, como, por exemplo, beiras de
córregos e encostas de morros; o risco de vida e contaminação que essas pessoas
ficam expostas intensificam-se quando ocorrem chuvas intensas, pois, as
enchentes nas proximidades dos cursos d’água são mais frequentes. Por essa
razão, avolumam-se os riscos de contaminação para várias doenças na população
atingida (ex: leptospirose), e nas áreas de declividade (morros) o risco maior
é o deslizamento da encosta que pode soterrar e matar uma grande quantidade de
vítimas, isso, sem contar o número de pessoas desabrigadas.
Outro fato a ser considerado é o
aumento de dióxido de carbono na atmosfera, a partir da 1ª Revolução Industrial os níveis
dos gases poluentes na atmosfera aumentaram drasticamente. Esse fato está contribuindo para a
intensificação do aquecimento global, que é o aumento da temperatura média do
planeta, que provoca a evaporação dos recursos hídricos, com isso, aumenta-se a
quantidade de precipitação; em regiões como a área Metropolitana de São Paulo o
problema se agrava, isso porque, boa parte desse espaço é impermeabilizado,
sendo assim, a vazão da água é baixa provocando o alagamento das regiões
próximas aos cursos d’água, e o encharcamento do solo dos morros, que pode
possibilitar o deslizamento dos mesmos.
As atuações dos governantes também
devem ser consideradas, pois uma grande quantidade de cursos d’água (córregos)
foram canalizados, sendo assim, quando ocorre uma chuva de grande intensidade
os canais não conseguem suportar a vazão de água, alagando as áreas das
proximidades. As ações de uma parte da população prejudicam o restante
(coletivo), infelizmente uma parcela faz o descarte de lixos em áreas
impróprias, como, por exemplo, rios, córregos, ruas, terrenos vazios, entre
outros lugares; Cerca de 6.000 domicílios lançam o lixo diretamente nos cursos
d’água na Região Metropolitana, contribuindo para sua obstrução e assoreamento.
Além disso, detritos sólidos são carreados pelas enxurradas, captados pela rede
hidrográfica para os trechos de menores declividades do leito onde são
depositados. Esses locais situam-se, em geral, no Rio Tietê, com declividades
acentuadamente mais baixas. Com o aumento de eventos com precipitações cada vez
mais intensas, os reservatórios de detenção sofrerão sérios danos se não forem
projetados com dispositivos que dificultem a entrada dos sedimentos de fundo e
do lixo.
Em relação à expressão “calamidade
climática”, essa ocorre por fenômenos naturais, infelizmente quando a
destruição da área atingida é enorme, o termo passa a ser denominado calamidade
pública, assim os governantes terão a responsabilidade de ajudar a população da
área atingida. Infelizmente as noticias referentes às calamidades climáticas no
planeta estão se tornando cada vez mais frequentes, como, por exemplo, a Região Sul do Brasil, em determinados períodos sofre
por causa de uma grande quantidade de chuvas, tempestades, granizo e de ventos
muito fortes.
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