Com a Revolução de 1930, juntamente com o
novo governo de Getúlio Vargas, onde este foi marcado pela forte centralização
do poder político em torno do governo federal, a política de industrialização e
de integração do mercado interno; assim, derrubando as restrições impostas
pelos estados e municípios à circulação de mercadorias. No ano de 1937 foi
criado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o mesmo foi
responsável pela formulação da divisão do espaço territorial brasileiro, que
foram apresentadas no ano de 1942, 1945, 1949 e 1970 (A regionalização atual é
de 1970, adaptada em 1990, em virtude das alterações da Constituição de 1988.
Com as mudanças realizadas, ficou definida a divisão brasileira que permanece
até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado após o desmembramento do
norte de Goiás e incorporado à região Norte; Fernando de Noronha deixou de ser
federal e foi incorporado ao estado de Pernambuco).
A divisão proposta pelo IBGE em 1945 era
baseada, sobretudo no conceito de região natural, emprestada da geografia
francesa; os principais elementos que compõem a estrutura dessa “divisão ou
regionalização” é o clima, a vegetação e o relevo.
Mas todas essas alterações que ocorrem na
forma de divisão das grandes regiões foram “justificadas com base no processo
de industrialização e de crescimento econômico do país. A concentração da
indústria nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais serviu de
base à delimitação de uma região “central” do ponto de vista da economia. O
triângulo São Paulo - Rio de Janeiro-Belo Horizonte surgia como ímã dessa
região “central”. Juntos, os três estados detinham mais de 80% do valor da
transformação industrial do país e cerca de 70% dos empregos do setor. Por
outro lado, a nova Região Nordeste despontava como região-problema, marcada
pela pobreza e pela repulsão demográfica”.
Essa
situação se persiste até os dias atuais, a região Sudeste concentra a maior
parte da população brasileira, sendo assim, o maior mercado consumidor
concentra-se na região, com isso, houve vários investimentos na região para o
desenvolvimento de polos industriais, pois, a região possuía a maior
concentração de mão de obra (a indústria do passado necessitava de um grande
contingente de pessoas para desenvolver suas atividades), mercado consumidor,
malha de transportes (ferrovias, rodovias e portos), polos educacionais (desde
o passado “certa” quantidade de serviços não necessitava da força do indivíduo,
mas sim do seu conhecimento), entre outros fatores que contribuíram para o
surgimento e desenvolvimento industrial, dessa forma, proporcionando o acumulo
de capital, de conhecimento e de qualidade de vida para a população que nela
reside. A região Nordeste infelizmente destaca-se pela concentração de pobreza
e a repulsão demográfica, essas situações que ocorrem na região são heranças do
passado, como a própria história de colonização nos apresenta claramente, a
região Nordeste foi à primeira região colonizada no Brasil, abrigou a primeira
capital do país, mas que claramente os objetivos econômicos da coroa portuguesa
no passado era simplesmente de captar todo recurso possível do território
brasileiro e levá-lo a Portugal, e não se importando com as consequências
futuras para aquela população que residia no momento e para as próximas
gerações do país (a situação socioeconômica da região atualmente é bem melhor
do que a do passado, mas claramente ainda tem muito que evoluir, como, por
exemplo, o aumento dos pólos educacionais, assim diminuído as taxas de
analfabetismo); atualmente alguns estados da região entraram na chamada “Guerra
Fiscal”, onde o intuito é de atrair as empresas de grande porte através de
incentivos fiscais, dessa forma, conseguindo aumentar o número de empregos na
respectiva região (claro, que através da empresa, onde a mesma gerará serviços
diretos e indiretos a partir da sua instalação). A região Norte destaca-se pela
baixa concentração populacional; a vasta floresta equatorial, onde a mesma está
sendo destruída de maneira predatória por indivíduos gananciosos na “tentativa”
de aumentar o seu capital, dessa forma, fica claro que o objetivo nessa
situação são individuais e não coletivos, pois para a população em geral, é
muito mais lucrativo e saudável a floresta em “pé” do que destruída; essa
situação é um indutor de grandes índices de violência na luta pela terra; uma
outra situação de destaque na região foi a criação da Zona Franca de Manaus, a
“zona franca” constitui-se a partir de um “acordo” entre empresas e governo, o
objetivo do governo a partir da sua criação era de aumentar a população da
região e claramente “aumentar” o polo industrial da área, em contra partida as
empresas que para ali se direcionar ficariam isentas de impostos. A região
Centro-Oeste antes da década de 70 era pouco povoada, foi a partir dessa década
que aumentou o fluxo migratório para a região, essa nova situação foi provocada
pelo setor agropecuário, em especial a agricultura com as lavouras de soja,
claramente o que era produzido na região era destinado as firmas que tinham
sede na Região Sudeste e Sul.